E serão 20 dias onde vamos conhecer um pouquinho mais de cada uma. Eu estou super feliz por isso.
Hoje, pra finalizar o mes de março escolhi duas coisas interessantes e importantes.
A primeira:
Aniversário de Talma - uma amiga maravilhosa que fiz nesse ano de blog.
Uma mulher valente, corajosa, determinada e tambem sensivel, carinhosa e amiga.
O meu desejo Talma, é que consiga realizar todos os seus sonhos... todos eles...e sei que pouco a pouco você vai conseguir. Daqui da Bahia, via megabytes, um beijo bem grande, sincero e especial. E pra você, essa margarida que tirei do seu próprio blog, com carinho.

Reflexões escrita por Yvone - Casas Possiveis e que também é o título do post. Yvone, conhecia superficialmente so atraves do blog e fomos apresentadas por Talma. Uma super mulher, inteligente e que escreve coisas lindissimas e que a cada dia ganha mais minha admiração. E interessante como as coisas se encaixam perfeitamente pois escolhi que publicaria esse texto hoje antes mesmo de saber que também era aniversário de Talma.
O texto é longo, mas vale a pena ler.
Lembro-me de que do alto da serra, quando avistamos deslumbrado o que havia por descobrir, imediatamente nos apaixonamos pelo lugar.
É claro que não foi e não é assim tão fácil realizar tal proeza, quem vivi no lugar certamente sabe disso, já ouvi inúmeras histórias de alguns queridos amigos que já fiz que e que vivem a muito mais tempo do que eu em Mauá, e com eles aprendo que viver num por aqui exige muito além do que se imagina.
Por entre a paisagem e a calmaria do lugar, pude compreender que afinal tudo nessa vida é bem mais simples do que parece. Basta observarmos com mais cuidado.
Tem dias que me sento num canto qualquer e me vêem algumas respostas, a descortino sobre a copa das arvores, sob o relevo dessas montanhas, os riachos e a mata ao longe.
Vejo uma gaivota que paira sobre o curral enfrente do meu pedacinho de terra e pergunto: - “Quem possui aquela gaivota; e as vacas malhadas preto e brancas do pasto do meu vizinho?” Todos e ninguém.
Quem pode possuir o relevo daquela montanha ao longe? E as cores e a simetria dessas aves? O canto dos grilos? A fumaça de uma chaminé?
“Todas essas delicias não representam uma expressão do criador?”
Não sou dona das vacas é verdade. Mas as vejo pelas manhãs, soltas saindo do estábulo caminhando para o alto do morro após a ordenha, bamboleando e sacudindo a cauda. Vejo-as ao meio dia e ao cair da tarde recolherem-se fartas de leite. Ouço seus mugidos, no riacho bebendo água. Com tudo isso, quem pode me dizer que eu não participe da posse dessas vacas? Fico divagando...
Noutros dias, quando os meus pensamentos parecem pender como teias úmidas em porão mofado, as repostas não me vêm com facilidade. O meu lado prático e lógico dirá censurando: “Pare de divagar você não pode entrar no curral apanhar uma vaca e traze-la para casa. Nem vender uma das vacas.” Isso só é possível quando meus pensamentos pairam acima da lógica terrena, quando começo a compreender as realidades da vida. Mas nem sempre enxergava assim.
Penso na minha infância e relembro frases prontas: - “O dinheiro não compra felicidade” ou ainda “As melhores coisas da vida são grátis!” Como é que podia ter lógica aquilo que os adultos me diziam? “Bobagem será?!”
Lá se foram anos e hoje compreendo que felicidade é mesmo um estado de espírito e que de fato tudo pode variar conforme a época, a fase da vida, os acontecimentos contidos nela.
Chegou o dia que comecei a perceber prestar atenção quando tinha qualquer alegria, e descobri que era verdade sim, que eu podia ser feliz quando não tinha dinheiro, mas que, às vezes até mais feliz sem ele, e olha que eu ainda nem estava vivendo nesse lugar.
O dinheiro obviamente tem sua importância, nunca achei que não tivesse, assim como ter a certeza de que todos são capazes de ganha-lo e sobreviver.
Lembrei da propaganda: – Contemplar a natureza, por exemplo? - Para as outras coisas use o seu Mastercard!!”.
É isso mesmo minha gente, trabalhar e fazer acontecer depende do que queremos para nós, o quanto achamos dispor de energia, de vontade, o que queremos absorver ou não.
No final o que conta mesmo é como nos saímos de tudo, lembram do bom e velho ditado; o caminho! Como nos sentimos verdadeiramente, o que estamos dispostos a investir ainda; em tempo, em pessoas, em coisas, em projetos, em sonhos?
Sei que o que escrevo não são apenas devaneios, aliás, parece óbvio. Porém, um lento aprendizado. Somos sim autores de boa parte de nossas escolhas e omissões, audácia e acomodação, nossa esperança ou desconfiança, como saboreamos o nosso tempo, a nossa época, que afinal é sempre AGORA!!!!!!!
Tem sido uma aventura esse ato de escrever, uma aventura diária viver num lugar como Mauá que às vezes se torna hostil por nos colocar frente a frente com a gente mesmo.
Em tempo:
Sempre podemos mudar nosso caminho, rever nossas escolhas, mudar o final da historia. E mais, só dará certo enquanto nossos corações recordarem quais são as fontes da nossa verdadeira riqueza."